quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Pequeno Azul e Pequeno Amarelo


Pequeno Azul e Pequeno Amarelo foi o primeiro livro publicado por Leo Lionni, em 1959.  Foram necessários muitos anos até que chegasse a Portugal, editado pela Kalandraka.


À semelhança da bela e genuína amizade que une o Pequeno Azul e o Pequeno Amarelo, também os Hipopómatos estabeleceram laços fortes com o livro de Lionni, desde que  o viram por outras paragens.



Esta é a história do Pequeno Azul, que tem muitos amigos.




De entre todos, o seu melhor amigo é o Pequeno Amarelo.


E é sobre amizade,  partilha,  tolerância e solidariedade que nos fala Leo Lionni. Mas a forma como o faz tem tanto de simples quanto de genial. A ideia ter-lhe-á ocorrido quando, no decurso de uma viagem de comboio que fazia com os netos, sentiu necessidade de os entreter.  Recorrendo ao uso das cores primárias e aos efeitos da sua mistura, o autor consegue alcançar um paralelismo metafórico com vivências bem conhecidas de todos e sempre actuais.



A história cabe toda na intensidade de um forte e genuíno abraço entre os dois Pequenos, que se fundem num só, sem que disso se apercebam. Como tantas vezes sucede na vida, quando a identidade de cada um se dilui, abrindo espaço à colectiva.



Como se de um só se tratasse, os amigos partilham a vida, brincando livremente.


Sozinhos ou, naturalmente, com os amigos.


Mas à alegria partilhada segue-se a tristeza do não reconhecimento e aceitação pelos que lhes são mais queridos. É o choro daí decorrente que lhes devolve a sua própria essência.



E que abre o caminho para que, doravante, as diferenças sejam compreendidas e aceites por todos.



Pioneiro dos álbuns ilustrados, este é um clássico que nos acompanhará sempre e que, em nossa opinião, nenhuma criança deveria ser privada de conhecer.


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